As várias versões de Cinderela costumavam ser sangrentas e com cenas bizarras de mutilações. Quase despertava-se o medo de ler um conto deste tipo. Hoje em dia, opto em escolher uma versão não tão dramática para contar a uma criança. (risos).
Cinderela se tornou um arquétipo fundamental da psique humana.
Ainda hoje é um dos contos de fadas mais contados para as crianças. A Walt Disney popularizou Cinderela com um vestido clássico azul e coque louro nos cabelos. Ainda lhe deu uma carruagem a sua altura e lindos sapatinhos de cristal.

As versões de Cinderela não são todas iguais, sofreram modificações com o tempo e de acordo com cada escritor, passava por transformações. Os Irmãos Grimm foram responsáveis por difundir uma Cinderela sem fada madrinha substituindo a mesma por um lindo pássaro branco e duas pombinhas que no final da história arrancaram os olhos das irmãs malvadas de Cinderela dando um fim trágico demais. Quer conhecer esta versão. Clique aqui. A versão dos Irmãos Grimm não é nem um pouco cativadora como as versões mais atuais. Nesta interpretação, a Cinderela havia plantado uma aveleira no túmulo de sua mãe e a regava com suas próprias lágrimas. Na árvore tinha um pássaro que a observou e lhe presenteou com ouro por três dias (que seriam os dias de baile).

Já na versão de Charles Perrault embora um escritor nada convencional para sua época, deixou o encanto de Cinderela com a atuação de sua fada madrinha e não colocou nenhum fato bizarro como a cegueira das irmãs malvadas. Deixou o conto em forma de encanto mágico, com uma sutileza entre a maldade e a bondade. Ainda assim, a versão contava com uma Cinderela simples, submissa, obediente demais.
A última versão de Cinderela foi dirigida por Paul Bolger e Yvette kaplan em 2007, estreando na época o filme DEU A LOUCA NA CINDERELA.
Com tantas controvérsias, sabemos que Cinderela continuará viva em nossa mente como um arquétipo universal da mulher boa e inocente. Não importa quantas modificações aconteçam em sua história o que realmente importa é o conteúdo em que se vê uma mulher menina, pura, inocente com toda a esperança na vida.
O que é importante também ressaltar é que em todas as versões ela nunca deixou de ter este jeito de menina tímida e reservada, boa e calma, pacienciosa pela espera de sua vez.
Para alguns psicanalistas Cinderela assim como todos os outros contos de fadas também tem um apelo sexual intenso. Mas aí já é uma outra história.
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