terça-feira, 17 de abril de 2012

A Bela Adormecida

A bela adormecida é um conto popular de fadas passando de Basile aos Irmãos Grimm. Também ficou conhecida como nome de uma peça de Tchaikovsky que se utilizou da versão de Charles Perrault.


Entretanto, a versão mais conhecida  é a versão criada pelos Irmãos Grimm em 1812.

Спящая царевна.jpg

A bela adormecida já recebeu vários nomes sendo na versão de Basile, Talia e na versão dos Grimm, Aurora, sendo este último o mais popular.


As muitas versões da bela adormecida incluem 12 fadas madrinhas e uma velha fada que na verdade é uma bruxa que enciumada de não ser convidada a celebração de vida de Aurora, lhe roga um feitiço mortal. O feitiço era a morte e  quando a moça completasse cerca de 15 anos, seria ferida por uma roca e adormeceria para sempre.. No entanto, como ainda faltava o desejo da última fada, esta ordenou que Aurora ficasse adormecida apenas durante 100 anos sendo despertada por um beijo de um príncipe encantado.


Vários príncipes tentaram sem sucesso alcançar o beijo de Aurora e todos morreram na busca adentro do castelo. Somente depois dos 100 anos, surgiu um príncipe corajoso e que finalmente conseguiu chegar até Aurora dando-lhe um beijo e lhe fez ressurgir a vida. Eles se apaixonaram e casaram e viveram felizes para sempre. A versão dos Grimm termina aqui... 


Mas Perrault continua no mesmo embalo de Basile propiciando um final trágico.


A segunda parte do conto que você ainda não conhece, está por vir !!!!!


Após o casório,  a bela  concebe duas crianças, uma menina e um menino. O príncipe é convocado para uma batalha e segue adiante deixando sua esposa com sua mãe que morta de ciúme trama a morte dos três familiares. A família é salva por um cozinheiro que fica com dó e oferece a rainha restos de animais. Quando enfim o príncipe retorna ao castelo, a rainha suicida-se ao saltar num tanque coberto de sapos, víboras e várias outras serpentes, cujo tanque foi preparado por ela mesma para matar a princesa..


Final muito dramático na versão de Perrault.


Segue abaixo o filme.












segunda-feira, 16 de abril de 2012

O Reino Dévico

As fadas pertencem ao reino dévico. Você já ouviu falar deste reino? O reino dévico é o reino dos seres elementais como as fadas, gnomos, duendes, ondinas, sereias, ninfas, silfos, faunos,salamandras e outros.  São seres considerados de elevada consciência anímica.


As fadas especificamente estão ligadas ao elemento Terra e ao elemento Ar. São  pequeninas, espertas e ágeis, e sempre trazem um brilho intenso ou uma luminosidade natural. Elas protegem o reino vegetal e estão mais próxima da mãe natureza. Para as crianças as fadas são um arquétipo belíssimo tanto quanto os anjos. Aladas, elas costumam ser belas e possuem um colorido maravilhoso.

A origem das fadinhas: são seres mitológicos que provavelmente tem origem Celta, espalhando-se  rapidamente em toda região  germânica e nórdica.
Os contos de fadas contam com fadinhas aladas e geralmente possuem uma vara de condão (que dá poderes mágicos).

Elementais da terra: são os gnomos, duendes que vivem no interior da Terra, porém alguns podem viver nas regiões de florestas e montanhas dependendo do seu grau de evolução. Os duendes são seres alegres, ativos e amam festas e diversão. Já os gnomos são grandes trabalhadores da natureza.


Elementais da água: são as sereias (oceano), ninfas (água doce) e ondinas. Vivem nos oceanos, lagos, lagoas, pântanos, rios, riachos, correntezas, fontes e ribeirões.



Elementais do ar: são as silfas ou sílfides ou ainda fada das nuvens responsáveis pelas tempestades.

Elementais do fogo: são as famosas salamandras que habitam no subsolo vulcânico, nos relâmpagos e nas fogueiras.




Cinderela - A Gata Borralheira (como tudo começou)

Uma das versões mais conhecidas de Cinderela é do escritor Charles Perrault. Cinderela é uma adaptação de um conto clássico italiano denominado A Gata Borralheira. Porém ninguém sabe de fato o início deste belo conto. Há ainda outras versões na tradução dos Irmãos Grimm, mas a mais antiga Cinderela já conhecida nos contos de fadas data-se de 860 a.C na China.

As várias versões de Cinderela costumavam ser sangrentas e com cenas bizarras de mutilações. Quase despertava-se o medo de ler um conto deste tipo. Hoje em dia, opto em escolher uma versão não tão dramática para contar a uma criança. (risos).

Cinderela se tornou um arquétipo fundamental da psique humana.

Ainda hoje é um dos contos de fadas mais contados para as crianças. A Walt Disney popularizou Cinderela com um vestido clássico azul e coque louro nos cabelos. Ainda lhe deu uma carruagem a sua altura e lindos sapatinhos de cristal.


As versões de Cinderela não são todas iguais, sofreram modificações com o tempo e de acordo com cada escritor, passava por transformações. Os Irmãos Grimm foram responsáveis por difundir uma Cinderela sem fada madrinha substituindo a mesma por um lindo pássaro branco e duas pombinhas que no final da história arrancaram os olhos das irmãs malvadas de Cinderela dando um fim trágico demais. Quer conhecer esta versão. Clique aqui. A versão dos Irmãos Grimm não é nem um pouco cativadora como as versões mais atuais. Nesta interpretação, a Cinderela havia plantado uma aveleira no túmulo de sua mãe e a regava com suas próprias lágrimas. Na árvore tinha um pássaro que a observou e lhe presenteou com ouro por três dias (que seriam os dias de baile).
Uma Cinderela ruiva.

Já na versão de Charles Perrault embora um escritor nada convencional para sua época,  deixou o encanto de Cinderela  com a atuação de sua fada madrinha e não colocou nenhum fato bizarro como a cegueira das irmãs malvadas. Deixou o conto em forma de encanto mágico, com uma sutileza entre a maldade e a bondade. Ainda assim, a versão contava com uma Cinderela simples, submissa, obediente demais.

A última versão de Cinderela foi dirigida por Paul Bolger e Yvette kaplan em 2007, estreando na época o filme DEU A LOUCA NA CINDERELA.




Com tantas controvérsias, sabemos que Cinderela continuará viva em nossa mente como um arquétipo universal da mulher boa e inocente. Não importa quantas modificações aconteçam em sua história o que realmente importa é o conteúdo em que se vê uma mulher menina, pura, inocente com toda a esperança na vida.


O que é importante também ressaltar é que em todas as versões ela nunca deixou de ter este jeito de menina tímida e reservada, boa e calma, pacienciosa pela espera de sua vez.


Para alguns psicanalistas Cinderela assim como todos os outros contos de fadas também tem um apelo sexual intenso. Mas aí já é uma outra história.






A pequena vendedora de fósforos

A pequena vendedora de fósforos de Hans Christian Andersen (escritor dinamarques).


O pai de Andersen era um simples sapateiro e sua mãe era uma lavadeira bem mais velha que seu jovem pai que na época de seu nascimento tinha apenas 22 anos.

Deixou várias obras, dentre elas a triste história da pequena vendedora de fósforos. Um conto comovente que retrata o último pingo de esperança de uma menina que tentava vender fósforos numa noite fria e gelada. Revela os sonhos íntimos da criança mesmo que pobre e vagando pelas ruas frias, ainda lhe resta um fio de esperança no reencontro daqueles que a amam.

Comova-se!



quinta-feira, 12 de abril de 2012

A maior flor do Mundo - José Saramago

Não poderia escolher conto melhor! "A maior flor do Mundo" de José Saramago foi a história eleita por mim para abrir este blog que faço com tanto carinho. Lembrei dele porque quando assisti pela primeira vez a este conto, me emocionei e quase não me contive em lágrimas ao ver que uma história tão simples pudesse ser tão tocante na alma.

O que Saramago retrata aqui é exatamente o que penso sobre "criar ou contar" histórias para crianças. Sua humildade é tão exemplar que nos chega direto ao coração e nos invade a alma.

José de Sousa Saramago foi um grande escritor e poeta português, nasceu em 1922 e partiu em 2010.  Nos deixou seu legado de histórias e livros surpreendentes!


Ao que me parece  este conto foi o único conto infantil que ele fez. E fez maravilhosamente de uma forma tão singela e pura quanto a alma de uma criança.

Obrigada Saramago por mais esta relíquia.